CONFINAMENTO ONTÁRIO: MEDIDA É INJUSTA PARA OS PEQUENOS EMPRESÁRIOS, DIZ CFIB

Foto: Tim Mossholder/Pexels
Foto: Tim Mossholder/Pexels

Uma ordem de confinamento entrou hoje em vigor em Ontário. A medida obriga as pessoas a ficarem em casa, à exceção das saídas consideradas essenciais. As vozes contra já se fazem ouvir. Um grupo de defesa dos pequenos empresários diz que a regra é injusta. Numa altura de vários ‘lockdowns’ por todo o Canadá, antecipa o encerramento permanente de milhares de negócios.

O alerta disparado para todos os telemóveis, no mesmo padrão do Amber Alert, na manhã da quinta-feira, dia 14, trouxe mais do que apreensão aos residentes de Ontário. A ordem de confinamento é alvo de críticas da Federação Canadiana dos Negócios Independentes (Canadian Federation of Independent Business – CFIB). Em vigor em Ontário de 14 de janeiro até pelo menos 11 de fevereiro, a decisão do executivo provincial é considerada injusta e confusa. A organização queixa-se das limitações aos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e diz que o governo está a beneficiar as grandes superfícies.

De acordo com as novas regras, as pequenas e médias superfícies de retalho só podem funcionar das 7 da manhã às 8 da noite. Já as grandes, como a Walmart, a Costco e a Amazon, mantêm os seus horários inalterados. Uma medida inconsistente, diz a Federação. O fecho antecipado das pequenas superfícies vai promover ajuntamentos nas grandes lojas. Além disso, não faz sentido desencorajar as saídas não essenciais, mantendo, ao mesmo tempo, este tipo de estabelecimentos aberto.

Doug Ford já reagiu às acusações. Para o premier a solução passa por dar mais apoios às pequenas empresas e não por penalizar os grandes comerciantes. Ford anunciou ainda o lançamento do chamado ‘Small Business Support Grant’, no dia 15 de janeiro. O subsídio prevê ajudas dos 10 aos 20 milhões de dólares para os pequenos empresários.

Enquanto isso, a Federação traça um cenário negro para os pequenos negócios, não só em Ontário, mas em todo o Canadá. A organização já estimava o encerramento permanente de 160 mil estabelecimentos por todo o país até ao fim da pandemia. À luz dos vários ‘lockdowns’ provinciais em curso, sugere que esse número deverá ser ainda maior.