COMITÉ QUER OUVIR MAIS TESTEMUNHAS E ACEDER A DOCUMENTOS DA “WE CHARITY”

Foto: Parliament of Canada
Foto: Parliament of Canada

O escrutínio do caso “WE Charity” continua a marcar a atualidade canadiana. Depois do depoimento de Justin Trudeau, o comité das Finanças da Câmara dos Comuns quer ouvir mais testemunhas e exige o acesso a documentos do gabinete do primeiro-ministro.

Justin Trudeau testemunhou na quinta-feira, dia 30 de julho na Câmara dos Comuns. Em cima da mesa, o escândalo ético e político decorrente do contrato com a “WE Charity”, organização que já remunerou familiares do primeiro-ministro e do ministro das Finanças. Trudeau negou ter interferido na escolha da organização para gerir o Canada Student Service Grant. O depoimento de Trudeau não dissipou as dúvidas. Os deputados da oposição do Comité das Finanças querem agora ouvir mais testemunhas e exigem o acesso a documentos do gabinete do primeiro-ministro. Um novo dado agrava as desconfianças: a “WE Charity” terá começado a contabilizar despesas a 5 de maio, antes do programa ter sido sequer aprovado. No dia das declarações de Trudeau, o líder da oposição conservadora criticou a conduta do primeiro-ministro. Andrew Scheer diz que o “escândalo mostra a corrupção nos mais altos níveis do governo”.O político já pediu a renúncia de Trudeau, à semelhança do líder do Bloc Quebecois, Yves-Francois Blanchet. Já Jagmeet Singh, do NDP, apelou à transparência. O escândalo tem vindo a prejudicar a imagem de Trudeau e do seu partido nas sondagens. Ainda assim, os liberais mantêm a liderança na intenção de votos, como sugerem várias pesquisas recentes feitas no Canadá.