
Pequim, 28 mar (Lusa) – A China tem quase 100 milhões de “crianças deixadas para trás”, os filhos do vasto exército de trabalhadores migrados nas cidades, num fenómeno que “coloca grandes desafios à gestão social”, avança hoje a imprensa estatal.
A estimativa, feita pelo professor da Beijing Normal University Song Yinghui, e citada pelo jornal oficial Global Times, corresponde a um terço do total da população chinesa menor de idade, que cresce sem acompanhamento dos pais.
O académico detalha que 60 milhões permanecem nas suas casas, normalmente no campo, devido ao alto custo de vida nos centros urbanos ou a restrições na autorização de residência, que limita o acesso a vários serviços básicos, como a educação e saúde pública.
