O Presidente da República começou por ficar branco e desmaiou, durante o discurso do 10 de junho, tendo recebido assistência médica nas traseiras da tribuna das cerimónias oficiais na Guarda. Cerca de 30 minutos depois, regressou à tribuna para retomar a intervenção sem fazer qualquer referência ao sucedido.
Uma ambulância do exército ainda foi ao local, enquanto Cavaco Silva era assistido e as cerimónias momentaneamente suspensas, mas os jornalistas foram afastados do local onde o Presidente da República estava a receber atenção médica e não puderam recolher mais informação.
Antes do regresso do Presidente à tribuna, o chefe Estado General Maior das Forças Armadas anunciou que o Presidente da República sentiu uma indisposição e pediu também aos que estavam a perturbar as cerimónias para mostrarem respeito pela situação.
Depois de retomar o discurso oficial, Cavaco Silva apontou 2014 como o ano do direito dos portugueses a ter esperança, recomendado atenção para que não se repita aquilo que chamou de situação explosiva, apelando para que se olhe para o futuro sem ilusões.
Para o presidente da republica, o caminho duro percorrido e os tempos muito difíceis vividos até à conclusão do programa de assistência financeira em maio, leva à necessidade de se ter uma noção muito clara de duas realidades que não podem ser iludidas, uma é a de atenção e vigilância, nomeadamente em matéria de disciplina das contas públicas e de controlo do endividamento externo e a outra, a importância de olhar para o futuro sem triunfalismos ou ilusões.