CAVACO CONTRA O “MASOQUISMO”

Cavaco Silva e Maria Cavaco com a princesa sueca, Vitória. Presidente regressou ontem a Lisboa (Foto de Inácio Rosa/LUSA)
Cavaco Silva e Maria Cavaco com a princesa sueca, Vitória. Presidente regressou ontem a Lisboa (Foto de Inácio Rosa/LUSA)
Cavaco Silva e Maria Cavaco com a princesa sueca, Vitória. Presidente regressou ontem a Lisboa (Foto de Inácio Rosa/LUSA)
Cavaco Silva e Maria Cavaco com a princesa sueca, Vitória. Presidente regressou ontem a Lisboa (Foto de Inácio Rosa/LUSA)

Cavaco Silva pediu ontem um largo consenso político em questões essenciais que vão para além do mandato do atual Governo, depois de na quarta-feira à noite, em resposta às perguntas dos jornalistas, ter classificado de “masoquismo” que “em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável”. Isto quando, acrescentou, os credores, a Comissão, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Europeu dizem que “é sustentável”.
As palavras do Presidente da República repetem uma mensagem em que insistiu durante a viagem de três dias à Suécia, que ontem terminou. Um recado que é dirigido aos partidos que assinaram o memorando da troika, ou seja, PSD, PS e CDS. No último dia, o Presidente tomou um pequeno-almoço com alguns dos principais empresários e banqueiros suecos. E, segundo diz Cavaco Silva, o problema da imagem do País repetiu-se, porque “eles” querem saber se Portugal vai manter o rumo e tomar as medidas fiscais e económicas necessárias para atrair o investimento estrangeiro e aumentar as exportações. Na quarta-feira, em Estocolmo, Cavaco exigiu “estabilidade política”. Depois da derrota pesada do PSD no passado domingo, disse que afirmou às autoridades da Suécia que é “normal” em qualquer país da Europa isso acontecer aos partidos do Governo, que são penalizados a “meio termo” do mandato. Mais: “São eleições locais e só podem ter uma interpretação local.”