
Uma pesquisa revelou que a maioria dos canadianos apoia o uso de linguagem ofensiva pelos professores, num contexto de discussão e troca de ideias, nos espaços académicos.
A liberdade de expressão nos campos universitários é agora motivo de discussão entre alunos e professores.
Em causa está um professor da Universidade de Ottawa que utilizou uma palavra racista numa discussão sobre como algumas comunidades reivindicaram termos raciais ao longo do tempo.
No seguimento deste episódio, o professor foi posteriormente suspenso e pediu desculpas pelo uso do termo.
Por esta razão, a Leger e a Association for Canadian Studies realizaram um estudo, a mais de 1500 cidadãos, sobre a liberdade de expressão nas universidades.
O estudo revela que 75% dos entrevistados concorda que a liberdade de expressão num contexto académico e de discussão de ideias, deve ser preservada. Isso inclui o uso de certas palavras culturalmente mais insensíveis caso seja no âmbito de uma discussão.
A pesquisa mostrou, também, que 57% dos inquiridos apoiaram o professor no uso da palavra racista no contexto de aula.
Por outro lado, 26% apoiaram os alunos que protestaram esta ação do professor.
O caso do professor da Universidade de Ottawa não é um caso isolado. No mês passado, um aluno fez a mesma queixa de uma professora da Concordia University, que também resultou na sua suspensão.
Professores de várias instituições unem-se no combate a um clima de insegurança instaurado pela falta de liberdade de expressão e de hipersensibilidade.
64% dos entrevistados afirmam que o movimento do politicamente correto foi longe demais.