

As pessoas que vêm para o Canadá, a partir de países afetados pelo Ébola – incluindo o regresso de profissionais de saúde – terão que passar por um período formal de monitorização de 21 dias, anunciou o governo federal na segunda-feira. E alguns terão de ficar isolados nas suas casas, durante esse tempo, noticiou a Canadian Press.
A política recomenda às pessoas, consideradas com alto risco de terem contraído o Ébola, que fiquem em casa ou numa “unidade” durante três semanas, o que corresponde à duração do período de incubação da doença.
A declaração da política não especifica qual o tipo de unidade, ou quem irá decidir qual das opções será aplicável a um caso particular.
Rumores circularam por algum tempo de que o governo federal estava a considerar regras de quarentena rígidas para o regresso dos profissionais de saúde, mas várias fontes disseram que a ideia encontrou resistência considerável por parte dos governos provinciais.
Havia a preocupação de que tratar os profissionais de saúde regressados como portadores de doenças, em vez de pessoas que arriscaram as suas próprias vidas para ajudar o mundo, poderia dissuadir outros de se voluntariar para ajudar no esforço de resposta.
As novas regras, que entraram em vigor na segunda-feira, criam duas classes de viajantes: de alto risco e de baixo risco.
Estas regras aplicam-se a pessoas que não estão evidentemente doentes, quando vêm para o Canadá, mas podem estar no processo de incubação da doença.
Qualquer pessoa que esteja doente, com sintomas compatíveis com o Ébola, será isolado até que o teste determine se a pessoa foi infetada. A política aplica-se a todos os viajantes provenientes de países afetados pelo Ébola.
Mas porque o Canadá parou de emitir vistos para pessoas da Guiné, Serra Leoa e Libéria, na realidade, a política vai, na sua maioria, aplicar-se aos trabalhadores de saúde regressados, e as pessoas que trabalham para grupos de ajuda humanitária.