Desde o dia 1 dos Jogos Pan-Americanos, Curt Harnett diz que sempre soube que os atletas canadianos “estavam no evento para ganhar”.
No último dia, o chefe de missão do Canadá e a sua equipa de 717 atletas contribuíram para o mais bem sucedido desempenho Pan Am na história do Canadá.
O Canadá estabeleceu uma meta ambiciosa de terminar em segundo lugar no quadro de medalhas, e toda a equipa conseguiu o objetivo. Desde o nadador Ryan Cochrane, ao atleta do decatlo Damian Warner, ao KAYAKER Adam van Koeverden, o Canadá apresentou não só a sua maior equipa, mas sem dúvida a mais forte, para Toronto. Era mais uma questão de saber quais dos atletas irão brilhar no maior palco multidesportivo – os Jogos Olímpicos de verão (2016) no Rio de Janeiro, Brasil.
A equipa de caiaque feminina do Canadá de Michelle Russell, Emilie Fournel, KC Fraser e Hannah Vaughan arrancaram o registo com o ouro no K-4 500, na manhã do dia 1, no primeiro evento dos Jogos.
E na altura em que a equipa de basebol feminino levou o Canadá ao pódio, com a conquista de uma medalha de prata, o país anfitrião tinha acumulado 217 medalhas, sendo 78 de ouro, 69 de prata e 70 de bronze.
Os poderosos americanos levaram para casa 265 medalhas -103 de ouro, 81 de prata e 81 de bronze. O Brasil terminou num distante terceiro lugar com 141 medalhas.
Nem todos os países trouxeram os seus principais atletas para Toronto. Os norte-americanos apresentaram esquadrões de atletas, principalmente de equipa B. Na Jamaica, faltavam os seus melhores sprinters, como o astro Usain Bolt.
O Canadá, por sua vez, superou o seu anterior melhor registo de 197 medalhas, quando Winnipeg sediou os Jogos em 1999. O Canadá passou essa marca com dois dias de competição por cumprir.
Ao longo do caminho, surgiram novas estrelas canadianas, como Kia Nurse, a atleta de 19 anos de idade, que liderou a equipa feminina de basquetebol do Canadá para a sua primeira medalha de ouro. Nurse foi escolhida para transportar a bandeira do Canadá na cerimónia de encerramento.
O velocista Andre De Grasse, que venceu ambas as corridas de 100 e 200 metros, quebrou o seu próprio recorde canadiano nos 200 metros. O jovem atleta de 20 anos, teria conseguido um terceiro ouro caso a equipa de 4×100 metros não tivesse sido desclassificada devido a uma violação de pista.
O velocista canadiano Andre De Grasse dá o sinal de paz durante a cerimónia de encerramento dos jogos Pan Am em Toronto, domingo, 26 de julho de 2015. (Mark Blinch / The Canadian Press)
Ellie Black saltou para um registo de cinco medalhas na ginástica artística, tornando-se a atleta mais condecorada do Canadá nos Jogos. Whitney McClintock em esqui aquático, Jasmin Glaesser no ciclismo, e o nadador Santo Condorelli, conquistaram quatro medalhas cada um.
O total de medalhas de ouro do Canadá obtidas há quatro anos em Guadalajara foi de 30. Ao quinto dia de competição (2015) já a equipa canadiana tinha conseguido essa marca. Ao oitavo dia de competição, o Canadá já tinha superado as 119 medalhas no total de Guadalajara.
O Canadá levou uma equipa muito mais pequena para o México, principalmente por causa dos Jogos acontecerem tão tarde na temporada competitiva.
E o Canadá não era a equipa anfitriã.
O presidente do Comité Olímpico Canadiano Marcel Aubut disse que o COC duplicou o seu financiamento para atletas e desportos em relação aos anteriores Jogos Pan-americanos. O governo federal disponibilizou uma verba adicional de 3 milhões de dólares para assumir o pódio destes Jogos, para ajudar os atletas com potencial de medalha em todos os desportos, não apenas desportos Olímpicos e Paraolímpicos.
Harnett, que pedalou para três medalhas olímpicas para o Canadá, salientou que o seu tempo como chefe de missão é a sua experiência desportiva favorita.
Lima, Peru, vai sediar os próximos Jogos Pan Am daqui a quatro anos.
Fonte: Canadian Press