Novos números estão a mostrar pela primeira vez a profundidade do problema da condição de sem-abrigo em 28 pequenas e médias comunidades canadianas, ao mesmo tempo que esclarece a situação em quatro grandes cidades.
O governo federal divulgou os destaques das denominadas contagens de “ponto-em-tempo” realizadas em 32 cidades no ano passado, que encontrou cerca de 6000 pessoas a viver em abrigos, na rua ou em instalações de transição.
A contagem também descobriu que as pessoas indígenas estão representadas em excesso na população sem-abrigo, e mostra que os veteranos são mais propensos a viver na condição de sem-abrigo por longos períodos de tempo.
O relatório observa que essas conclusões, juntamente com informações sobre o número de famílias e recém-chegados ao Canadá, apontam para a necessidade de apoio mais direcionado para esses grupos.
Os sem-abrigo veteranos compuseram quase cinco por cento daqueles contabilizados, e os dados mostram que os entrevistados que se identificaram como indígenas tinham nove vezes mais probabilidade de cair na condição de sem-abrigo do que os não-indígenas.
Voluntários e autoridades locais também descobriram que quatro por cento dos contabilizados eram imigrantes recentes ou refugiados no Canadá, com as mulheres nesta categoria com uma probabilidade duas vezes maior, do que os não-imigrantes, de citar abuso doméstico como uma razão.
Cerca de 14 por cento disseram que estavam com membros da família, a maioria dos quais eram pais solteiros com filhos.
Fonte: Canadian Press