

O projetado fortalecimento do crescimento económico do Canadá nos próximos dois anos poderá ser desviado do curso normal por uma correção potencialmente “desordenada” do mercado imobiliário, especialmente nos mercados imobiliários de Vancouver e Toronto, alerta um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
A OCDE prevê que a economia do Canadá cresça de 1,2 por cento em 2016 para 2,3 por cento em 2018. Mas, embora as exportações não-energéticas, os investimentos empresariais e um aumento do consumo privado possam conduzir a esse crescimento, a OCDE aponta que uma grande correção do mercado imobiliário é o “principal risco negativo” para essas projeções.
Os mercados “sobreavaliados” de Toronto e Vancouver são os alvos mais prováveis, diz o relatório.
“Isso pode resultar num choque externo que leve a taxas de hipoteca mais elevadas e/ou desemprego, dificultando a vida financeira de algumas famílias que procuram cumprir com os seus compromissos hipotecários”, refere a OCDE.
Tal correção reduziria os investimentos residenciais, o consumo privado e, “num caso extremo poderia ameaçar a estabilidade financeira”.
A boa notícia, de acordo com a OCDE, é que a economia do Canadá está a crescer firmemente fora do setor de petróleo e gás. O relatório aponta para uma capacidade de gastos individual “robusta”, graças em parte à introdução do novo Canada Child Benefit (abono de família) em julho.
O relatório também observa investimentos contínuos em empreendimentos imobiliários, aumentos dos preços das casas no Ontário e Colúmbia Britânica e um aumento nas exportações e investimentos de negócios.
Globalmente, a OCDE ofereceu uma perspetiva económica mundial positiva, impulsionada pela atividade e pelos esforços de estímulo previstos nos Estados Unidos e na China.
A OCDE elevou as suas previsões de crescimento global para 3,3% no ano que vem, face a uma perspetiva anterior de 3,2%.
Fonte: CTV News/com arquivos da Associated Press