O Canadá está a tentar uma nova estratégia para estreitar laços com a China, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros. Em entrevista a um canal canadiano, Melanie Joly, adiantou que os detalhes vão ser revelados nas próximas semanas ou meses.
O Canadá está a trabalhar numa nova estratégia para o relacionamento com uma China cada vez mais influente, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros.
Melanie Joly disse, em entrevista a um canal de televisão canadiano que “há uma influência crescente da China no mundo e cada país precisa de tomar uma decisão sobre como será a sua relação com a China”.
“É por isso que me foi dado o mandato de desenvolver uma estratégia.”
Os detalhes vão ser revelados nas próximas semanas e meses, acrescentou Melanie Joly.
O comentário da ministra foi feito apenas duas semanas depois de Justin Trudeau ter chamado a atenção para a abordagem diplomática da China.
O primeiro-ministro do Canadá disse que países com ideias semelhantes deveriam “mostrar uma frente unida” contra a cada vez mais “diplomacia de intimidação” de Pequim.
Joly, enquanto isso, diz que espera dar mais detalhes sobre exatamente qual vai ser a abordagem do Canadá com a China daqui para frente.
“É uma questão fundamental de política externa. E, obviamente, estaremos sempre lá para responder, também, às expectativas dos canadianos quando se trata da China e de muitos outros países do mundo”, disse Joly.
Uma importante decisão iminente que o Canadá deve tomar no relacionamento com a China é permitir que a Huawei participe das redes 5G do Canadá. A gigante das telecomunicações há muito que é acusada de ter uma proximidade com o Governo e com os militares chineses e, por isso, foi banida pelos aliados de segurança mais próximos do Canadá.
A Huawei nega as preocupações de que possa ajudar as operações de espionagem e inteligência de Pequim. No entanto, no início do mês passado, o Washington Post informou que a empresa estava a apresentar ao Governo chinês maneiras de rastrear cidadãos.
“Nunca aceitaremos qualquer forma de interferência estrangeira.”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá.