A Câmara dos Comuns regressou aos trabalhos, arrancando com uma emocionante ovação ao sargento-de-armas da Casa dos Comuns, Kevin Vickers, que estava entre os que abriram fogo na quarta-feira sobre o atirador que invadiu o Parliament Hill.
O primeiro-ministro Stephen Harper fez uma declaração para expressar a gratidão do governo pelo trabalho dos serviços policiais e de segurança, e reiterou que o Canadá não será intimidado pelo ataque de quarta-feira.
No início da manhã, corações pesarosos e a alta segurança estavam em plena exibição no National War Memorial, quando Harper chegou para prestar homenagem Nathan Cirillo, o soldado canadiano morto no tiroteio.
Quando Harper chegou, para depositar flores no mausoléu, os oficiais correram para deter um homem que a polícia mais tarde disse ter procurado violar a cena do crime – uma referência ao próprio memorial, onde Cirillo estava a servir como um guarda de honra no momento do tiroteio.
Vários outros deputados federais estavam presentes. A certo ponto, um canto de improviso de “O Canada”, percorreu a multidão.
Ao mesmo tempo, porém, os políticos, as forças policiais e oficiais de inteligência estavam a começar a empreender o longo trabalho de avaliação de segurança em torno do Parlamento Hill – e a segurança do próprio país – na sequência dos ataques chocantes na capital da nação.
Os edifícios do Parlamento permanecem sob vigilância apertada, enquanto a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) continua a varrer a área para obtenção de provas e procura juntar os eventos que levaram ao tiroteio fatal de Cirillo e a explosão de balas que ecoaram mais tarde dentro do Salão de Honra do Parlamento.
Michael Zehaf Bibeau, nascido em 1982 e conhecido da polícia em Montreal e Vancouver, foi identificado como o atirador. Ele foi morto a poucos metros de onde centenas de deputados se encontravam para as suas reuniões semanais da convenção partidária.
Outras três pessoas, que ficaram feridas na confusão, tiveram alta do hospital na quarta-feira, incluindo uma pessoa com um ferimento ligeiro de bala.
Os tiroteios que tiveram lugar no coração da capital nacional levaram a polícia a estabelecer um perímetro de segurança, enquanto vasculhava o núcleo do centro da cidade para encontrar outros possíveis atacantes. No entanto, na quinta-feira de manhã, a polícia de Otava disse acreditar que apenas um homem armado esteve envolvido nos ataques.
Entretanto, um comunicado do governo referiu que a polícia de Otava e a RCMP tinham levantado o perímetro de segurança no centro de Otava e que os funcionários governamentais federais poderiam regressar aos seus gabinetes.
A polícia sublinha que ainda não sabe o motivo de Bibeau, mas o primeiro-ministro Stephen Harper já apontou uma ligação deste ao terrorismo internacional. Num discurso na quarta-feira, ele garantiu que o Canadá nunca se deixará intimidar.