BRUXELAS E FMI ESTÃO À BEIRA DO DIVÓRCIO

O presidente da Comissão, Durão Barroso, e Passos Coelho têm discutido papel da troika
O presidente da Comissão, Durão Barroso, e Passos Coelho têm discutido papel da troika
O presidente da Comissão, Durão Barroso, e Passos Coelho têm discutido papel da troika
O presidente da Comissão, Durão Barroso, e Passos Coelho têm discutido papel da troika

O casamento entre a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem-se deteriorado em virtude dos problemas nos resgates a vários países, nomeadamente Grécia e Portugal. A troca de acusações entre Bruxelas e FMI sobe de tom de dia para dia e deixa a troika com os dias contados, segundo o diário espanhol ‘El País’.
O jornal cita várias fontes comunitárias para afirmar que a troika, entidade formada pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu (BCE), está em crise. “Morte à troika”, pede um alto funcionário de Bruxelas, depois de examinar os erros cometidos nos resgates aos países da periferia europeia.
Fontes próximas do FMI, por seu lado, acusam a Europa de “continuar em Estado de negação com a Grécia”, que necessita de uma nova reestruturação, e também com Portugal, para o qual defendem outro tipo de apoios. Quanto ao Chipre, a mesma fonte diz que está no “caminho do desastre”.
O casamento entre Bruxelas e o FMI, agora à beira do divórcio, já tinha começado mal. Em 2010, foi desenhado um esboço dum fundo para gerir resgates, mas a Alemanha negou de imediato.
Os maus resultados da troika fizeram subir acusações dos dois lados entre a Comissão e o FMI, com o BCE a optar pelo silêncio. Em público, comissário europeu Olli Rehn continua a afirmar que os programas seguem num bom caminho.