BRASIL EM STAND BY

O Brasil aguarda a decisão do eleitorado numa segunda volta. Dilma Rousseff ou Aécio Neves, um deles será o próximo Presidente. Até ao dia 26 deste mês, vai haver muita negociação, muita troca de palavras entre os dois candidatos e os outros que ficaram pelo caminho. Marina Silva, a surpreendente candidata, vai decidir a quem entregar os votos que diz representar. O povo brasileiro mostrou estar atento e maduro numas eleições bastante disputadas. Marina apareceu de repente devido à morte de Eduardo Campos. As emoções de um povo caloroso alimentaram-lhe esperanças nas primeiras sondagens. Mas, no final, ficou demonstrado que os brasileiros julgaram ser mais útil terem Marina na oposição do que a governar. O quinto País do mundo, tanto em área como em população, quer afirmar-se na cena internacional e mostrar todas as suas capacidades.

O Brasil como Estado independente começou em 1822 com a proclamação de D. Pedro. Mas antes, em 1808, o Rio de Janeiro, por ter sido a cidade que acolhera a corte portuguesa devido às invasões napoleónicas, passou a ser a capital do império. O País fazia parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, cuja designação foi assumida em 1815. Este reino só teve dois monarcas: D. Maria I e D. João VI.

Com a independência, em 1822, o Brasil continuou a sua linha monárquica. Mais dois reis exerceram o seu mandato: D. Pedro I e D. Pedro II. A princesa Isabel de Bragança já não chegou ao poder porque em 1889 o marechal Manuel Deodoro da Fonseca proclamou a República.

O Brasil passou pela República Velha e mais tarde com a chegada à presidência de Getúlio Vargas conheceu a industrialização. Até aí, a economia tinha-se baseado, desde a chegada dos portugueses, na extração do pau-brasil, cultivo de cana-de-açúcar e, no século XVII com o ouro, a partir da descoberta de jazidas que contribuíram para o povoamento do interior. Nos anos 60 do século passado, os militares voltaram a ocupar o poder e restringiram as liberdades até que em 1988 foi proclamada a nova Constituição que veio recolocar o Brasil na linha da frente do mundo.

Hoje é a sétima maior economia. É o terceiro maior exportador agrícola, depois dos EUA e União Europeia. O parque industrial é avançado, o petróleo enriqueceu os negócios e, em 2009, foi considerado o País que mais aumentou a competitividade. Mas os últimos anos da presidência de Dilma mostraram, outra vez, um Brasil em quebra. É neste cenário que os candidatos à presidência se movem e vão mostrar os seus argumentos. A grande preocupação ainda é combater e esbater o elevado grau de desigualdade social.

A Direção