Boicote aos jogos: Justin Trudeau e companhia não vão à China

Foto: Justin Trudeau /Twitter
Foto: Justin Trudeau /Twitter

O Canadá aderiu ao boicote diplomático dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, marcados para fevereiro do próximo ano. O país da América do Norte segue os exemplos dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

O Canadá não enviará nenhum representante oficial às Olimpíadas de Inverno de Pequim em fevereiro como parte de um crescente boicote diplomático por aliados devido ao histórico de abusos dos direitos humanos na China.

O primeiro-ministro Justin Trudeau fez o anúncio na quarta-feira, 8 de dezembro, depois de enfrentar vários dias de perguntas sobre se o Canadá apoiaria aliados que já anunciaram planos semelhantes.

“Anunciamos que não enviaremos nenhuma representação diplomática aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim neste inverno”, disse Trudeau, acrescentando que não acredita que a mudança do Canadá ou de aliados “venha como uma surpresa” para a China.

“Nos últimos anos, temos sido muito claros sobre as nossas profundas preocupações em relação às violações dos direitos humanos e esta é uma continuação de como expressamos as nossas profundas preocupações pelas violações dos direitos humanos.”

A ministra das Relações Exteriores, Melanie Joly, disse que a Royal Canadian Mounted Police já trabalhou no passado com o Comité Olímpico Canadiano para tentar manter os atletas seguros durante as competições no exterior.

O trabalho, disse ela, continuará em Pequim.

“Nesta situação particular, queremos garantir que os nossos atletas tenham acesso a serviços de proteção”, disse Joly, e observou que o trabalho se vai concentrar também em garantir que o apoio consular no local esteja disponível.

Pascale St-Onge, o ministro do Desporto, disse que funcionários foram contratados como parte desse trabalho. “Tudo estará no lugar para garantir que os atletas estejam seguros”, disse St-Onge. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália anunciaram as decisões esta semana.