No Canadá, como bem sabe, num universo de 100 pessoas, pelo menos uma tem ascendência portuguesa. Sabemos que a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, fez-se à estrada e seguiu em direção ao Canadá. Assinou acordos para incentivar o ensino do português em escolas canadianas, fez homenagens a estudantes e professores e disse estar pronta a ajudar a resolver o acolhimento dos trabalhadores indocumentados da construção civil. São muitos e realmente precisam de toda a atenção do governo português, mesmo que tenham optado em deixar o país.
Ainda sobre imigração, estivemos à conversa com o ministro do trabalho de Ontário, Monte McNaughton. Em Ontário, cuja província é a que acolhe mais portugueses (estima-se que 69% dos mais de 480 mil sejam cidadãos lusos), o ministro foi perentório ao afirmar que existem 140 ofícios a serem preenchidos. Muitos deles ligados à construção civil. Monte McNaughton quer eliminar a barreira da língua no país. O que interessa é mostrar o trabalho que se fazia no país de origem. O projeto ainda não foi aprovado, mas parece uma iniciativa a considerar.
Já o ministro Stephen Lecce referiu, em resposta ao Correio da Manhã Canadá, que 88.6% dos jovens com menos 17 anos já levaram uma dose e 70,5% dos jovens com menos de 17 anos levaram com as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. E assim, a conta gotas, a pandemia vai perdendo sua força, embora autoridades de saúde afirmam que ainda não é momento de baixar a guarda.
Na mesma semana, realizou-se a cimeira denominada COP26, em Glasgow, na Escócia. Um evento que levou Justin Trudeau à Europa para discutir o meio ambiente. O primeiro-ministro do Canadá pediu que os líderes mundiais façam “mais e mais rápido” e se comprometeu formalmente a limitar as emissões produzidas pela indústria de petróleo e gás, uma das maiores do seu país. Veremos aqui uma oportunidade para discutir novos empregos sem que o meio ambiente seja prejudicado?
Na próxima quinta-feira, as tradicionais homenagens às forças armadas canadianas e as suas famílias vão assinalar o Remembrance Day. Com restrições levantadas em praticamente todas as províncias, teremos a oportunidade de em cerimónias públicas voltar a expressar respeito aos que perderam a vida a defender o país. Nas redes sociais, as Forças Armadas já estão a partilhar avisos que na quinta-feira nos lembrarão de fazer o minuto de silêncio. Se não foi alcançado pelo post, anote e com seu silêncio não deixe de fazer esta justa homenagem.