BANCA PRIVADA DÁ PREJUÍZO DE 635 MILHÕES

O BCP de Nuno Amado registou o prejuízo mais elevado
O BCP de Nuno Amado registou o prejuízo mais elevado
O BCP de Nuno Amado registou o prejuízo mais elevado
O BCP de Nuno Amado registou o prejuízo mais elevado

Os quatro maiores bancos privados acumularam, em conjunto, prejuízos de 635,8 milhões de euros. As contas do BCP, BES, BPI e Santander Totta continuam a ser penalizadas pela limpeza das carteiras de crédito: em seis meses, a Banca privada foi obrigada a acumular 1229 milhões de euros para acomodar eventuais perdas.
Nos primeiros seis meses do ano, a banca privada somou prejuízos de 3,5 milhões de euros por dia: a cada segundo perderam 2453 euros. A exemplo do que tem vindo a acontecer nos últimos trimestres, o BCP apresentou o maior prejuízo: 488,2 milhões de euros. Apesar de os números serem melhores do que no semestre homólogo, o certo é que os juros pagos ao Estado pelo financiamento, a par da Grécia e do crédito em incumprimento, continuam a penalizar as contas. Para fazer face a eventuais perdas, BCP foi forçado a colocar no balanço 439,4 milhões de euros de imparidades em Portugal.
O BES de Ricardo Salgado não se saiu melhor na fotografia, tendo visto os lucros do primeiro semestre de 2012 transformarem–se em prejuízos de 237,4 milhões nos primeiros seis meses de 2013. Também aqui as imparidades de crédito motivaram o registo de 492,2 milhões na atividade doméstica.
O BPI e o Santander Totta apresentaram lucros mas não conseguiram contrariar a tendência do setor. O banco de Fernando Ulrich lucrou 58,9 milhões. Ainda assim, reforçou as imparidades da atividade em Portugal para 150,6 milhões – ligeiramente acima do primeiro semestre de 2012. Já o Totta ganhou 30,9 milhões, tendo conseguido encolher o registo de imparidades face ao período homólogo de 2012 para os 146,5 milhões.
Segundo o ‘Jornal de Negócios’, a preocupação do Banco de Portugal em preparar os bancos nacionais para a entrada na futura União Bancária terá ditado um maior rigor nas inspeções realizadas às carteiras de crédito, o que em parte justifica o reforço substancial das imparidades.