
Cabinda, Angola, 20 mai (Lusa) – O ativista Marcos Mavungo, detido em Cabinda desde março de 2015 e hoje libertado por decisão do Tribunal Supremo de Angola, afirmou à Lusa que não se sente “desencorajado” pelos 433 dias que passou na cadeia.
“Estou fisicamente livre, embora durante os 433 dias que passei pela cadeia senti-me sempre um homem livre. Felizmente estou solto, mas acho que a minha detenção e condenação é um caso isolado, porque o interesse neste momento é que haja Justiça em Angola, que não haja mais gente a ser assassinada, perseguida, crianças a ficarem 433 dias sem o pai, simplesmente porque o ‘homem do regime’ quis”, desabafou o ativista dos direitos humanos.
Marcos Mavungo falava à Lusa pouco depois de ter sido libertado da cadeia de Cabinda, por ordem do Tribunal Supremo, que segundo a defesa do ativista deu provimento ao recurso à condenação, em primeira instância, por crime de rebelião, a seis anos de prisão efetiva.