ANO NOVO, VIDA NOVA

Tudo começou no ano 46 ac, quando o imperador romano Júlio César decretou que o primeiro dia de Janeiro fosse o Dia de Ano Novo. Chamaram-lhe o ano da confusão e dava-se início ao calendário Juliano. Desde então o Ano Novo é comemorado de variadíssimas formas, consoante a região, o país e a cultura.

Por influência francesa, essa celebração é vulgarmente designada por “réveillon”, que significa despertar. E a passagem desse dia, de acordo com os nossos padrões culturais, envolve festas públicas e privadas, queima de fogo-de-artifício, ceias bem regadas e comemoradas, de preferência, com champagne.

Cada cidade, em cada país, procura distinguir-se com as festividades desse dia. As televisões encarregam-se de mostrar o que de melhor se passa por todo o lado.

Mas num mundo cada vez mais global, em que tudo se encurta e aproxima, o início do Ano Novo ainda marca as devidas diferenças entre povos. O calendário Juliano foi modificado e deu origem ao Gregoriano, em 1582, e pelo qual nós nos orientamos no mundo ocidental. Daqui resulta que os cristãos ortodoxos têm uma diferença de 13 dias. Mas esta diferença não é nada se comparada com outras regiões e culturas.

A passagem do ano árabe deu-se no nosso recente dia 5 de novembro. O seu calendário também tem 12 meses, mas por cada ano gregoriano, eles têm menos 11 dias. O seu principal costume é comemorar à volta da mesa e, neste momento, estão no ano 1435. O calendário judaico aponta noutro sentido: vão no ano 5774 e o novo ano só chegará no próximo dia 25 de setembro. Chamam-lhe a “cabeça do ano” com a justificação de que foi nesse dia que Deus criou o mundo. Em vez do nosso champagne focam-se na introspeção e reflexão. Os chineses, por seu lado, vão passar para o ano 4712, mas as celebrações só ocorrerão no nosso próximo dia 31 de Janeiro. Cada ano relaciona-se com um dos 12 animais que simbolizam o zodíaco chinês. A tradição é oferecer envelopes vermelhos com dinheiro dentro, mas a quantia deve ser em número par.

Como se vê, vivemos num mundo tão igual e tão diferente. Desde 1968, o Dia de Ano Novo passou a designar-se por Dia Mundial da Paz, por iniciativa do Papa Paulo VI. O objetivo era celebrar a paz entre os povos. Façamos por isso e, mesmo a propósito, o CMC deseja a todos, um Bom Ano.

A Direção