Como assim, já passou mais um ano? Como assim, já estamos a entrar em 2023? É provavelmente o pensamento de muitos, neste período festivo que, por excelência, nos faz constatar que o tempo não para e que a chegada de um novo ano é a oportunidade de fazermos um balanço do que se passou e de planearmos o futuro com maior consciência.
2022 foi um ano de superação de desafios e de emergência de novos obstáculos. Ao que tudo indica, o pior da pandemia já passou, e mesmo que a Covid-19 continue a circular, já não representa a ameaça e o medo inicialmente sentidos. Se há uns tempos atrás desinfetávamos produtos depois de ir ao supermercado e fazíamos testes mal sentíssemos o mínimo mal estar, hoje já é possível encarar o coronavírus com uma renovada tranquilidade. Ao que parece, a entrada em 2023 carrega o mérito dessa batalha vencida, pelo menos até à próxima pandemia.
Como não há cenários ideais, há outros problemas que nos preocupam na atualidade. A começar pela guerra na Ucrânia, que depois de um impacto inicial devastador, quase se vulgarizou no espaço mediático. É triste observar como os olhos estiveram postos na guerra no início do conflito, paulatinamente desviando-se para outros temas, talvez devido à intensidade inaugural da cobertura jornalística ou pelo simples alheamento de quem não a tem de testemunhar em primeira mão.
Com a guerra, veio a inflação, em Portugal, no Canadá, no mundo todo. O disparar dos preços está na ordem do dia e não conhece fronteiras. Num cenário que quase se aproxima aos tempos da ‘troika’ em Portugal, as famílias vêem-se obrigadas a ‘contar tostões’ todos os meses, sem que ao mesmo tempo se observe uma subida significativa dos salários ou descida das rendas. São tempos difíceis, não há dúvida, aspeto visível, por exemplo, na redução das compras de Natal deste ano.
Apesar de a entrada no novo ano representar esperança, 2023 vai ser um ano “difícil”, como antecipa o primeiro-ministro do Canadá. Mas se nos permanecermos unidos, diz Justin Trudeau, vai ser possível ultrapassar os tempos complicados que se avizinham. Orientações políticas à parte, a mensagem de Trudeau é carregada de pertinência. A união é a chave para um futuro melhor e é precisamente essa a nossa mensagem para 2023.
Seguimos juntos! Um feliz ano à comunidade luso-canadiana!