O diretor executivo do Metro fala num aumento dos preços dos alimentos para fevereiro. Segundo Eric La Flèche, a razão está no fim de uma tradição de férias, pouco conhecida, no ramo das mercearias
Outra ronda de aumentos de preços começará a chegar aos supermercados nas próximas semanas, principalmente devido ao fim de uma tradição de férias, pouco conhecida, no ramo das mercearias, diz o chefe do gigante dos supermercados do Quebec Metro Inc..
O chefe executivo do Metro Eric La Flèche disse que a sua cadeia, tal como a maioria dos seus rivais, faz um blackout anual sobre todos os aumentos de custos desde meados de Novembro até Fevereiro como forma de tornar as coisas o mais simples possível durante as férias natalícias. Isso significava que os fornecedores de alimentos não podiam pedir mais dinheiro aos merceeiros, mesmo quando a inflação se alastrava através da cadeia de abastecimento, tornando mais caros o combustível, o frete e a embalagem. Por isso, os pedidos acumularam-se.
Em meados de Outubro, o Loblaw anunciou que estava a congelar os preços da sua marca de desconto na loja, Sem Nome, até ao final de Janeiro. O Presidente Galen Weston disse aos clientes que estava a tentar fazer “uma diferença significativa no seu orçamento de mercearia” e proporcionar algum alívio à inflação.
“Esta é uma prática de longa data na nossa empresa, e tanto quanto sabemos, na maioria dos retalhistas. Mas mais uma vez, não falamos pelos outros”, esclareceu La Flèche durante a conferência de imprensa. “Tivemos um período de blackout e não aceitámos aumentos de custos.
A empresa informou que a inflação alimentar ajudou a impulsionar vendas melhores do que o esperado de 4,7 mil milhões de dólares no primeiro trimestre. Mas o dilúvio de aumentos de custos por parte dos fornecedores forçou a Metro a ter uma margem ligeiramente menor sobre essas vendas. La Flèche disse que o Metro recebeu 27.000 pedidos de aumentos de custos só em produtos secos em 2022, cerca de três vezes a taxa normal.