ALERTA NO PS – SUSPEITAS DE ESCUTAS ILEGAIS

António José Seguro queixou-se à Procuradoria da República
António José Seguro queixou-se à Procuradoria da República
António José Seguro queixou-se à Procuradoria da República
António José Seguro queixou-se à Procuradoria da República

Correio eletrónico e telefones estão na base das suspeitas de escutas no PS. Alguns dirigentes mal falam por telefone, preferem fazê-lo pessoalmente. O caso já tem mais de um mês, mas a situação adensou-se na última semana, em plena de negociação do acordo de salvação nacional pedido pelo Chefe de Estado, apurou o CM.
O alerta vermelho na sede do PS, no largo do Rato, foi dado como envio de e-mails sobre a agenda e o teor dos encontros com o PSD e o CDS. O conteúdo era enviado, mas de forma truncada. Os socialistas perceberam que não se tratava de um problema meramente operativo.
A Procuradoria-Geral da República já confirmou a abertura de um inquérito: “De imediato foi ordenada a instauração o de inquérito para investigar tais suspeitas”, lê-se num comunicado, depois da queixa do PS, entregue dia19, data em que o líder socialista, António José Seguro, anunciou que o acordo falhou. O processo deve seguir para o DIAP, dirigido por Maria José Morgado, e espera-se que, durante esta semana, a Polícia Judiciária vá à sede do PS.
No PS, a ordem é de silêncio, mas, segundo algumas fontes socialistas, o clima é de suspeição. “Evitamos falar ao telefone” ou “alguns camaradas dizem que é melhor só falar pessoalmente” foram alguns dos comentários obtidos pelo CM.
PSD e CDS optaram ontem pelo silêncio.