Agressão sexual Cardeal Marc Ouellet nega alegações de Pamela Groleau

FOTO: PAMELA GROLEAU LINKEDIN
FOTO: PAMELA GROLEAU LINKEDIN

O Cardeal Marc Ouellet nega a segunda alegação de má conduta sexual feitas contra o próprio por uma mulher, em 2020. Na última sexta-feira, a arquidiocese da cidade do Quebec confirmou que tinha recebido uma segunda queixa contra Ouellet

Uma investigação do Vaticano foi conduzida na sequência da segunda queixa contra o Cardeal do Quebec, Marc Ouellet. No entanto, o Papa Francisco decidiu “não reter a acusação contra o cardeal”, que agora é o chefe do gabinete dos bispos do Vaticano.

Numa declaração escrita enviada à comunicação social, Ouellet confirmou a participação na investigação e diz não ter “nada a esconder”, acrescentando que agiu com “total transparência” durante todo o processo.

O cardeal canadiano nega ter cometido qualquer “comportamento repreensível” em relação à mulher que o denuncia e diz que não foi apresentada queixa contra ele em tribunal civil ou criminal.

Alegações relativas ao cardeal surgiram pela primeira vez no verão passado num processo de ação coletiva contra a arquidiocese do Quebec, e recentemente uma das queixosas revelou a identidade e acusou a Igreja Católica de a tentar silenciar através de “ameaças e intimidações”.

Pamela Groleau, a mulher que acusa Marc Ouellet, é uma das 140 queixosas por detrás do processo e que disse ter mantido a identidade em segredo para proteger a família, o trabalho e a saúde mental.

No processo, a mulher acusou Marc Ouellet de vários incidentes de agressão sexual entre 2008 e 2010, quando ela teria entre 23 e 25 anos.

As alegações não foram testadas em tribunal, e Ouellet em dezembro processou a queixosa no Tribunal Superior do Quebec por difamação, negando as alegações e pedindo 100 mil dólares em indemnizações.

A segunda alegação foi relatada recentemente pelo semanário católico francês Golias Hebdo, que também publicou um artigo com o nome da queixosa, datada de 23 de Junho de 2021. Na carta, o atual arcebispo da cidade do Quebec, Gerald Cyprien Lacroix, informou Pamela de que a queixa não teria seguimento.