ADVOGADO ACUSADO DE BURLA MILIONARIA

Fernando Carvalhal também esteve sob suspeita de irregularidades na PJ (Foto de Vitor Mota)
Fernando Carvalhal também esteve sob suspeita de irregularidades na PJ (Foto de Vitor Mota)
Fernando Carvalhal também esteve sob suspeita de irregularidades na PJ (Foto de Vitor Mota)
Fernando Carvalhal também esteve sob suspeita de irregularidades na PJ (Foto de Vitor Mota)

Antigo inspetor da Polícia Judiciária, de onde saiu quando era suspeito de ali ter cometido irregularidades, Fernando Carvalhal ficou depois conhecido como advogado, ao defender homicidas mediáticos como Maria das Dores ou o ‘rei Ghob’ – a quem não evitou condenações a pesadas penas. E, agora, está ele acusado deter tentado enganar uma idosa de 90 anos. Falsificou uma procuração da vítima para lhe desviar 110 mil euros.
Fernando Carvalhal, contactado ontem pelo CM, disse que não há qualquer acusação, deviam apurar melhor o caso” – apesar de o CM estar na posse do despacho do DIAP de Lisboa, do qual o advogado já foi notificado. Responde por dois crimes de falsificação de documento, depois de uma investigação da Judiciária. Carvalhal era advogado de três sobrinhos de uma idosa.
Esta, por razões afetivas, considerou dois amigos (mãe e filho) como familiares, o que abriu uma guerra na gestão do património milionário da idosa. Assim, o advogado, “sabendo da incapacidade da idosa devido à sua idade avançada”, e em conluio com um dos seus clientes – também acusado –, terá elaborado um documento com data de 15 de março de 2012, segundo o qual a vítima dava plenos poderes ao referido cliente para que movimentasse as contas bancárias e gerisse todo o património.
Carvalhal fez constar que visitou a idosa – e que esta, na impossibilidade de assinar, tinha
Colocado o dedo indicador direito nas três páginas da procuração. Depois, o advogado contactou um funcionário da corticeira Amorim e informou-o de que estava na posse de uma procuração a dar-lhe poderes a ele: disse que 110 mil euros, pela compra de cortiça à idosa, deveriam ser transferidos pela empresa para uma conta bancária sua e deu o NIB.O funcionário desconfiou e denunciou Carvalhal à PJ.