O principal comandante militar do Canadá, o almirante Art McDonald, quer o emprego de volta, dizendo que “foi alvo de destituição do cargo que ocupava” e que continua a ser um “campeão da mudança cultural” dentro das Forças Armadas canadianas. Recorde-se que Art McDonald foi acusado de má conduta sexual, em fevereiro do presente ano.
O almirante Art McDonald está atualmente de licença como comandante das Forças Armadas canadianas, depois de uma alegada má conduta que colocou em risco a carreira. Em nota enviada à imprensa canadiana, o principal comandante militar do Canadá defende a reintegração.
“Não fiz nada de errado”, disse McDonald. “Tenho agido com integridade em resposta às alegações. Fui destituído como resultado de uma investigação rigorosa e completa e permaneci um verdadeiro campeão da mudança cultural, estou comprometido com isso. E acho que, ao defender o meu trabalho, o que estou a dizer é que simplesmente não podemos ter um sistema em que as alegações por si só sejam suficientes para dispensar alguém.”
O oficial da Marinha voluntariamente afastou-se como chefe do Estado-Maior de Defesa em fevereiro, depois de um Serviço Nacional de Investigação das Forças Canadianas (CFNIS) ter iniciado uma investigação sobre uma alegada má conduta sexual feita contra ele.
Em agosto, a investigação de quase seis meses terminou com a polícia militar a determinar que não existiam provas suficientes para fazer acusações contra o almirante.
Agora, Art McDonald quer regressar ao comando do chefe da defesa interino, apesar do Governo federal o ter colocado em licença administrativa enquanto se aguarda uma decisão sobre o cargo.
McDonald é um dos vários oficiais superiores das Forças Armadas que enfrentaram acusações e foram investigados no ano passado, o que gerou uma conversa sobre a seriedade com que os militares estão a cumprir as promessas de acabar com o assédio e a má conduta sexual nas fileiras.