A POLÍTICA DO OUT DOOR

O out door é uma verdadeira montra onde se expõem produtos, marcas e todo o tipo de mensagens com vista a obter da parte do público consumidor o máximo de atenção e eficácia. De facto, o out door é um meio muito eficaz e está presente em todo o lado, especialmente, e em grandes quantidades, nas principais artérias das cidades e outros pontos, cuja localização é considerada vital.

A partir do momento que passamos a conviver com estes painéis, há muitas vistas e pormenores que deixaram de fazer parte do nosso horizonte, pois passamos a estar focados apenas nas múltiplas mensagens que são exibidas e que periodicamente vão mudando. Todos os dias, somos “assaltados”, nos nossos trajetos pedonais ou por qualquer meio de transporte, pelas variadíssimas mensagens que nos impõem. E o curioso é que já nem damos por isso. Todos estes “assaltos” passaram a fazer parte da nossa vida e quem não se lembra de qualquer signo ou referência que todos os dias lemos e vemos em letras gigantes? Tudo está estudado e preparado para que em mais ou menos velocidade nada escape.

Tal como qualquer outro meio, o out door está presente em todo o mundo e as suas regras de utilização são mais ou menos uniformes. Claro está, o dono da mensagem exibida paga o aluguer e os impostos inerentes ao negócio. À partida pode pensar-se que o out door se coloca onde bem se quer e mais deseja. Mas não é bem
assim. Este tipo de publicidade que é muito dirigida aos automobilistas, pode desviar a melhor atenção e ser o provocador de acidentes. Por isso, há regras em todo o lado e cuja desobediência é punida por lei.

Portugal não foge a esta regra e todo este negócio movimenta interesses. Cada cidade aplica as suas taxas e retira daí os seus benefícios e as empresas que exploram estes painéis sujeitam-se às regras de mercado. Mas há quem não cumpra e esses são, precisamente, os políticos que mandam nas cidades e orientam as vidas dos cidadãos. Cada vez que há eleições, dizem as regras “democráticas” que os partidos podem colocar os seus painéis de propaganda onde bem entendem, ignorando se tapam vistas, se perturbam a segurança automobilística ou qualquer outra regra de cidadania.

O importante para a classe política é que as suas mensagens cheguem aos destinatários. Os painéis para a classe política são colocados nas melhores praças, avenidas e outros locais de interesse e com a agravante de não pagarem nada pela utilização da via pública. Mas uma vez chegados ao poder, aplicam aos outros as regras restritivas que não querem ver refletidas em si. De facto, ainda há quem viva fora da lei. Mas como são eles que fazem as leis lembraram-se daquela máxima: “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é parvo ou não tem arte.”

A Direção