A palavra Páscoa existe em múltiplas línguas por esse mundo fora com significados muito semelhantes e sentidos bem diferentes. Desde as civilizações antigas que o significado de Páscoa apontava no sentido de uma passagem. Ou seja, os povos que estavam sujeitos ao rigor do inverno e com isso sofriam, assinalavam a data como a passagem para a primavera com melhores dias e condições de vida.
Mais tarde, mais ou menos 1000 anos antes de Cristo, o povo judaico passou a assinalar esta época do ano como a passagem da escravatura do Egito para a liberdade na Terra Prometida. Por sua vez, para os cristãos, a Páscoa passou a ser a maior e mais importante festa ao celebrar a ressurreição de Cristo, três dias depois da morte por crucificação. Refletindo, também assim, a passagem da morte para a vida.
O significado de passagem esteve sempre presente e a sua parte festiva celebra-se entre os dias 22 de março e 25 de abril. Com mais rigor, ficou definido que as comemorações deveriam ocorrer no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera, para o hemisfério norte, e Outono para o hemisfério sul.
Embora a bíblia não faça qualquer referência, a Páscoa passou a estar associada a ovos e coelhos. A História explica que o coelho na antiguidade simbolizava o nascimento e a vida, devido à sua rápida capacidade de reprodução, associada à fertilidade e esperança de vida. Os povos da Antiguidade consideravam o coelho como o símbolo da lua. E como a Páscoa passou a ser determinada, precisamente pelas fases da lua, daí esta coincidência. Os ovos apareceram integrados noutro contexto, em que se conta que um coelho ao passar numa grande correria espalhou uns quantos ovos de galinha que estavam amontoados. Ficou a lenda como se os ovos fossem provenientes do coelho.
Seja como for, coelho e ovos passaram a ser uma grande referência pascal e, curiosamente, foram trazidos para a América no final do século XVII. Aqui e um pouco por todo o lado, a Páscoa foi alargada e passou a designar-se de Semana Santa, cujo início é assinalado no domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, e termina no domingo de Páscoa, o primeiro depois da lua cheia. Muitas lendas, estórias e passagens onde se misturam ovos, coelhos, lua e muita crença.
A Direção