Porto, 30 out (Lusa) – O Museu de Serralves, no Porto, vai inaugurar, na sexta-feira, a exposição “O Processo SAAL: Arquitetura e Participação 1974-1976”, curada por Delfim Sardo, que classificou hoje o resultado daquela experiência como a “cultura arquitetónica da revolução”.
“A razão de um interesse e de uma importância enorme de tratar o SAAL hoje tem a ver evidentemente com o revisitar questões fundamentais do 25 de Abril de 1974, agora que passaram 40 anos, e o SAAL, de facto, é a cultura arquitetónica da revolução. É um momento muito importante na história portuguesa, é um momento também muito importante na história da arquitetura em Portugal”, afirmou Delfim Sardo durante a apresentação da mostra que vai ficar exposta até dia 01 de fevereiro.
O Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL) surgiu na sequência da revolução de 1974 por iniciativa legislativa do então secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, Nuno Portas, tendo por objetivo envolver as populações que residiam em condições precárias na resolução dos seus problemas habitacionais, junto do Estado e das brigadas que punham o projeto no terreno.