Durante a semana passada realizou-se, em Lisboa, a 6ª reunião anual do IFC – International Finance Corporation – uma organização financeira internacional, ligada ao Banco Mundial e destinada a apoiar projetos de iniciativa privada. Estas reuniões têm como principal objetivo gerar bons relacionamentos e muita confiança entre bancos, por forma a implementar a economia mundial, através de mais e melhores negócios entre empresas.
Como se sabe, a maioria das transações import/export a nível mundial passam por validações bancárias, o mesmo que dizer que os bancos são os grandes motores do desenvolvimento económico. Os benefícios que advêm do bom relacionamento entre bancos são essenciais para o crescimento das empresas, dos países e para o bem-estar social à escala global. O curioso disto tudo é o facto de banqueiros de 60 países terem estado em Lisboa a discutir as melhores formas de encararem o futuro.
Os trabalhos decorreram entre os 350 delegados de quase 200 instituições financeiras, com grande entusiasmo e otimismo face desafios do futuro. A eleição de se realizar esta reunião em Lisboa foi unânime e conforme deixaram escapar, a maioria nunca tinha estado na capital portuguesa. Sabia-se apenas que esta reunião mundial deveria ocorrer no sul da Europa e haveria que escolher entre Espanha, Itália, Grécia e Portugal. Como se viu, vieram para Lisboa e para além de tratarem de assuntos financeiros de relevante importância para as relações futuras, ficaram a conhecer a nossa gastronomia e até admiraram o fado, coisa que nunca tiveram oportunidade de ouvir.
Entre comentários, fizeram-se referências às reuniões anteriores e, nomeadamente, à última realizada no Dubai. Não havia comparação. Portugal foi mais além e soube aproveitar o momento para dar a conhecer outras valências. O Banco Espírito Santo, por exemplo, entregou a todos os delegados presentes uma camisola de Cristiano Ronaldo assinada pelo próprio jogador.
O efeito foi surpreendente e mexeu com todos. Todos sabiam quem era e qual a sua nacionalidade. Ficou a saber-se que Portugal tem valores que espantam o mundo. E o melhor de todos continua a ser a segurança que se respira nas ruas e em todo o lado.Como foi sublinhado, Lisboa não representa uma praça financeira importante, como Londres e outras capitais europeias. Mas com a aposta ganha em 2014, está quase garantido que a reunião do próximo ano, desta organização do Banco Mundial, será de novo em Lisboa.Significa isto que a confiança está de volta.
A Direção