
Londres, 07 jun (Lusa) – A Economist Intelligence Unit considera que Moçambique enfrenta “um período desconfortável de consolidação orçamental” se quiser evitar um aumento da dívida pública, cujos níveis são, para já, sustentáveis face ao previsível forte crescimento da economia.
“Desde que a economia continue a garantir o forte crescimento que é esperado, a dívida pública de Moçambique não é considerada insustentável, mas se o apoio orçamental dos doadores continuar a cair e como ainda faltam pelo menos cinco anos até que as receitas da exploração dos recursos naturais cheguem, o Governo enfrenta um período desconfortável de consolidação orçamental se quiser evitar problemas com a dívida”, lê-se num relatório.
De acordo com a nota enviada da unidade de análise económica da revista britânica The Economist aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, “a dívida pública disparou nos últimos cinco anos, com o antigo Presidente Armando Guebuza a deixar subir o défice para 10,8% em 2014, financiado crescentemente pelo recurso a empréstimos não concessionais”.
