Demência no Canadá: 1 milhão de canadianos com demência em 2030

FOTO: UNSPLASH
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Um novo estudo revela que alguns grupos específicos vão registar um aumento do número de pessoas que vivem com demência nas próximas décadas. De acordo com o estudo publicado pela Alzheimer Society of Canada, é urgente trabalhar em colaboração para a equidade, diversidade e inclusão.

Nos próximos 30 anos, o número de pessoas que vivem com demência no Canadá deverá triplicar, de acordo com um estudo de 2020 da Alzheimer’s Society. Agora, novos dados divulgados pela organização revelam que, em 2051, cada quatro das pessoas no Canadá, que poderão desenvolver demência, serão de origem asiática.

O estudo intitulado The Many Faces of Dementia in Canada, explica que os dados não indicam que as pessoas de ascendência asiática correm um risco mais elevado de desenvolver demência devido à sua etnia ou idade, mas sim devido ao facto de a composição demográfica da população asiática no Canadá ter aumentado drasticamente. A maioria que veio para o país a partir dos anos 70 está agora acima dos 65 anos. Com o aumento da idade, o risco aumenta.

O estudo inclui também um capítulo separado dedicado aos indígenas no Canadá, onde se prevê um aumento de 273% das pessoas que vivem com demência até 2050.

Um dos aspetos abordados no estudo é o stress gerado pelo racismo, que contribui para os números projetados serem tão elevados. Acrescenta que isto também se aplica a outras populações com fatores de risco semelhantes.

Quase um milhão de canadianos viverá com demência até 2030 e o seu impacto vai fazer-se sentir para além das fronteiras, setores e culturas. Para criar resultados positivos, é necessário fazer mais para combater o estigma, a discriminação e os estereótipos.