
Os médicos das urgências estão cada vez mais preocupados com os tempos de espera em plena época de vírus respiratórios.
“Trabalho em serviços de urgência desde 1987 e esta é, de longe, a pior situação de sempre”, afirmou Michael Howlett, presidente da Associação Canadiana de Médicos de Urgência à imprensa canadiana.
O Governo de Ontário não forneceu qualquer informação atualizada, mas a última informação sobre o tempo de espera disponível ao público, que foi em novembro, mostra que os doentes admitidos nos hospitais da província passaram, em média, mais de 22 horas à espera de uma cama nas urgências e apenas 23% foram admitidos no hospital a partir do serviço de urgências no prazo previsto, que é de oito horas.
Os médicos dizem que este é um problema que tem consequências graves.
“Temos pessoas a morrer nas salas de espera porque não temos onde as colocar”, disse ainda Howlett. “Pessoas a serem reanimadas numa maca de ambulância ou no chão. Essas coisas já aconteceram.”
Em resposta, o gabinete da Ministra da Saúde de Ontário, Sylvia Jones, afirmou: “No ano passado, adicionámos mais de 17 mil enfermeiros e 2400 novos médicos” e o Governo está a “investir 44 milhões de dólares para ajudar os serviços de urgência a manterem-se abertos”.
