

Algumas das comunidades das Primeiras Nações mais remotas e empobrecidas do Canadá isolado, dentro do denominado Anel de Fogo, na região norte do Ontário, vão receber financiamento para realizar um estudo sobre como abrir a área para o desenvolvimento, noticiou a Canadian Press.
No entanto, pelo menos, um crítico sugeriu que o estudo, que visa o estabelecimento de um corredor de transporte durante todo o ano, em parte, para permitir as operações de mineração, será redundante.
O estudo será conduzido pela Webequie First Nation, em parceria com as Primeiras Nações de Eabametoong, Neskantaga e Nibinamik, com os governos federal e do Ontário a contribuirem, cada um, com $393,814.
Várias partes interessadas têm discutido, durante anos, como ligar a região. Tem sido amplamente aceite que o desenvolvimento económico do Anel de Fogo seria muito limitado, sem alguma forma de ligação ao resto do mundo.
O chefe de Nibinamik (Primeiras Nações), Johnny Yellowhead disse que estava apreensivo de trabalhar com o governo provincial no início, mas está satisfeito com os resultados.
O ministro dos Recursos Naturais, Greg Rickford, e o ministro do Desenvolvimento do Norte do Ontário, Michael Gravelle, fizeram o anúncio numa conferência em Toronto, no domingo.
Rickford salientou que o projeto irá posicionar a região para capitalizar projetos como o Anel de Fogo, mas o seu principal objetivo passa por abrir a região e atender as necessidades imediatas e de longo prazo das comunidades locais na região.
A região remota, a oeste da James Bay, detém um dos depósitos de cromite mais ricos do mundo, descoberto em 2007, juntamente com níquel, cobre e platina – depósitos que Rickford estimou em 30 a 50 mil milhões de dólares.
No entanto, a região carece tanto de uma rede elétrica, como de um corredor de transporte, e enfrenta custos de infraestrutura pública assustadores, estimados em mais de mil milhões de dólares.
Uma estrada para toda a temporada, iria ligar estas comunidades ao resto do país, durante o ano todo, possibilitando a construção de linhas hidroelétricas e, possivelmente, o eventual desenvolvimento dos depósitos de cromite e outros minerais.
Rickford não indicou um cronograma específico a respeito de quando o estudo seria concluído.