

A primeira atualização do currículo de educação sexual do Ontário, desde 1998, vai colocá-lo ao nível das outras províncias, mas poderá liderar na maneira de ensinar o conceito de consentimento, disse a ministra da Educação Liz Sandals na segunda-feira, em notícia avançada pela Canadian Press.
“Quanto à questão de ter uma conversa muito explícita sobre o consentimento – o que significa consentimento e como ter relacionamentos saudáveis – eu acho que, nesse ponto, nós podemos tornar-nos líderes”, afirmou Sandals aos repórteres.
Muitos dos conceitos no currículo revisto já estavam em efeito, e agora vão ser ensinados em níveis mais baixos de classe de aula.
Os alunos do Grau 1 irão aprender os nomes próprios para as partes do corpo e como entender os sinais não-verbais, como expressões faciais e tom de voz.
Os estudantes do Grau 2 vão aprender sobre os estágios de desenvolvimento e mudanças corporais relacionadas, juntamente com o conceito de que “Não quer dizer Não”, bem como alguns elementos de violência verbal e física.
No Grau 3, os alunos irão aprender sobre relações entre pessoas do mesmo sexo, que Kathleen Wynne, a primeira primeira-ministra abertamente gay, disse que irá ajudar as crianças, com duas mães ou dois pais, a sentirem que as suas famílias são como todas as outras.
Uma mudança no novo currículo, vai passar as lições sobre a puberdade do Grau 5 para o Grau 4.
Os estudantes no Grau 6 vão aprender sobre masturbação e “expressão de género”, enquanto que as crianças dos Graus 7 e 8 vão discutir a contraceção, sexo anal e oral, prevenção da gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
O governo Liberal desistiu de uma tentativa de atualização do currículo de educação sexual, em 2010, depois de protestos de alguns grupos religiosos, mas Sandals insistiu que a atualização vai estar em vigor para o início das aulas em setembro.
Ela também adiantou que os educadores católicos romanos foram consultados e devem seguir o currículo nas escolas privadas, bem como o sistema público.
Os Progressistas Conservadores queixaram-se que o governo não consultou pais suficientes, antes de introduzir o currículo de educação sexual revisto.
Chris Markham, diretor-executivo da Ontario Physical and Health Education Association classificou a atualização curricular há muito devida e aconselhou os críticos a não entrarem em exageros.