Os canadianos andam stressados por ter de cuidar dos membros mais velhos da família, num momento em que o envelhecimento da população significa que mais pessoas vão exigir tais cuidados, aponta um novo relatório da Comissão de Saúde Mental do Canadá, em notícia avançada pela Canadian Press.
O relatório, divulgado na quinta-feira, também constatou que as taxas de suicídio são maiores aqui do que em outros países do G8.
Entre aqueles, com 15 ou mais anos, que prestaram assistência a um membro da família imediata com uma condição de saúde de longo prazo, 16,5 por cento relataram níveis “muito altos” de stress, indicou o relatório.
O problema deverá agravar-se devido ao aumento das taxas de demência e outras doenças crónicas, razão pela qual a prestação de cuidados está entre quatro dos 13 indicadores de saúde mental, consideradas áreas de “preocupação significativa” pela comissão.
Assim também estão as taxas de suicídio, automutilação intencional entre os estudantes universitários e a recuperação da saúde mental.
Quase 20 por cento dos estudantes universitários disseram que se haviam envolvido em automutilação no passado, segundo o estudo.
A comissão também determinou que, em 2011, 10,8 em cada 100.000 pessoas – ou 3.728 canadianos – morreram na sequência de suicídio. No Canadá, as taxas de suicídio, ainda que estáveis ao longo do tempo, são mais elevadas do que em alguns outros países do G8, concluiu o estudo.
A comissão está esperançada que os indicadores serão utilizados para desenvolver estratégias amplas a nível regional e federal que irão melhorar a saúde mental dos canadianos.
O governo conservador criou a Comissão de Saúde Mental do Canadá em 2007. A organização, embora financiada pela Health Canada, opera como um braço do governo e tem um mandato de 10 anos.
Em abril, a comissão irá fornecer detalhes sobre perto de 60 indicadores que envolvem crianças, jovens, adultos e idosos, numa variedade de configurações.
O estudo de quinta-feira também descobriu que aqueles que procuram os benefícios por incapacidade da Canada Pension Plan, relacionados com questões de saúde mental, representam mais de 30 por cento de todas as reivindicações. Esse número tem vindo a aumentar desde 2004, e é maior do que benefícios por incapacidade reivindicados por outras razões de saúde.