

(Jeff McIntosh/The Canadian Press)
Uma doença que reduziu as colheitas em algumas culturas de canola europeias, em até 50 por cento, foi detetada pela primeira vez na América do Norte, num campo de Manitoba, noticiou a Canadian Press.
A Agência Canadiana de Inspeção Alimentar (CFIA, na sigla inglesa) disse que confirmou a presença de Verticillium longisporum entre as parcelas de culturas de canola, numa estação de pesquisa agrícola na província.
“A CFIA tomou medidas para limitar a propagação desta praga além da sua localização atual, proibindo a circulação de material hospedeiro e equipamentos agrícolas utilizados”, escreveu Elena Koutsavakis, uma porta-voz da CFIA, através de um e-mail, desde Otava, na quinta-feira.
Canola, que é usado para fazer óleo de cozinha e alimentos para animais, é um negócio de biliões de dólares, no Canadá, com mais de 43 mil produtores em Alberta, Saskatchewan, Manitoba, B.C., Ontário e Quebec.
O Conselho de Canola do Canadá estima que o setor contribuiu com mais de $19 mil milhões para a economia em 2013.
Clint Jurke, diretor de agronomia do Conselho, disse que a doença é um fungo que se desenvolve no solo, o qual invade a canola e outras plantas e, literalmente, as sufoca ao “tapar” as suas raízes.
Ele adiantou que campos de canola severamente infestados na Suécia perderam até metade das suas produções.
A doença foi realmente descoberta no ano passado, pela Agricultura de Manitoba, após terem sido vistas plantas de canola murchas num campo. Os responsáveis recusaram-se a identificar a localização.
Uma amostra foi enviada para o serviço nacional de identificação de fungos, em Otava, para a identificação molecular, que confirmou ser o Verticillium longisporum.
O ministério da Agricultura de Manitoba salientou que o risco atual de propagação da doença é “extremamente baixo”, porque o terreno está congelado e estão a ser tomadas precauções para limitar a circulação de equipamentos agrícolas.
E está a aconselhar os agricultores que os fungicidas não são eficazes contra a doença.