

Há escolas que admitem aglomerar hoje os alunos em ginásios para os exames de Português do 12º ano, conseguindo assim contornar os efeitos da greve. “Fomos informados dessa hipótese”, confirmou ao CM Mário Nogueira, da Fenprof. Mais de 74 mil alunos têm hoje as provas em risco devido ao braço de ferro entre Governo e professores por causa da ameaça de passagem à mobilidade especial e despedimento de docentes efetivos.
As instruções dadas sexta-feira às escolas pelo Júri Nacional de Exames permitem que as direções desempenhem funções atribuídas aos membros do secretariado de exames e sirvam até de vigilantes.“ No limite, e numa caricatura, um diretor e o seu adjunto podem vigiar 100 alunos num pavilhão”, admite Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.
Depois de o Governo ter convocado todos os 107 mil professores efetivos para as escolas, e sabendo-se que 10 mil docentes chegam para supervisionar as provas, só uma adesão superior a 90 por cento pode ter um impacto significativo.