AUDITOR GERAL CONCLUI QUE ONTARIANOS ESTÃO A PAGAR MILHÕES A MAIS PELA ELETRICIDADE

Auditor Geral, Bonnie Lysyk, segura uma cópia do seu relatório de 2014, numa conferência de imprensa em Toronto, na terça-feira, 9 de dezembro de 2014. (The Canadian Press / Nathan Denette)
Auditor Geral, Bonnie Lysyk, segura uma cópia do seu relatório de 2014, numa conferência de imprensa em Toronto, na terça-feira, 9 de dezembro de 2014. (The Canadian Press / Nathan Denette)
Auditor Geral, Bonnie Lysyk, segura uma cópia do seu relatório de 2014, numa conferência de imprensa em Toronto, na terça-feira, 9 de dezembro de 2014. (The Canadian Press / Nathan Denette)
Auditor Geral, Bonnie Lysyk, segura uma cópia do seu relatório de 2014, numa conferência de imprensa em Toronto, na terça-feira, 9 de dezembro de 2014. (The Canadian Press / Nathan Denette)

O Auditor Geral (AG) do Ontário tomou como alvo o governo de Wynne, em mais de uma dúzia de áreas que vão desde os medidores inteligentes, a creches e imunização, no seu relatório anual, noticiou a Citynews na terça-feira.
Bonnie Lysyk diz que o programa de $1,9 mil milhões do medidor inteligente, que é duas vezes o custo inicial estimado, não conseguiu cumprir as metas de redução do pico de procura de energia elétrica, não mudou os padrões de consumo dos Ontarianos e não afetou as faturas da Hydro de uma forma positiva.
Ela estima que os clientes estão a pagar mais do que três vezes o preço de mercado da eletricidade – ou seja, os contribuintes vão pagar $50 mil milhões entre 2006 e 2015, por causa de uma taxa extra nas suas faturas de energia elétrica.
Ela acrescentou que o Conselho de Energia do Ontário precisa fazer mais para justificar as taxas que as companhias de gás estão a cobrar aos seus clientes.
Na Infrastructure Ontario, Lysyk levantou dúvidas sobre o atual programa Alternative Financing and Procurement (AFP), que emparceira as empresas privadas com projetos públicos.
Ela expressou dúvida sobre as eficiências financeiras do programa, observando que as empresas privadas custam mais e são de um risco mais elevado.
Apontando que 74 projetos AFP vieram com um custo adicional para os contribuintes de cerca de $8 mil milhões, ela recomendou que a Infrastructure Ontario reveja o seu modelo.
A AG também disse que o seu relatório constatou que o Ministério da Saúde não tem nenhuma maneira de realmente saber quantos Ontarianos são imunizados para doenças como a gripe e sarampo, ou se o programa de $250 milhões é ainda rentável. Ela também observou que esta falta de informação significa que o ministério não é capaz de determinar se eles são capazes de evitar um surto.
Ela também levantou uma série de preocupações sobre a inspeção de creches que são licenciadas pela província. Lysyk indicou que o seu relatório encontrou problemas com licenciamento, inspeção e certificação de que todos os requisitos para a licença estão em vigor antes da creche poder abrir.
Adicionou ainda que, com base na sua avaliação, ela pensa que muitas creches são problemáticas e que o ministério da educação necessita de reforçar os seus processos de inspeção e medidas coercivas para reduzir ocorrências graves em creches licenciadas.
Também foram levantadas algumas questões sobre o plano de eliminação da dívida da província.
Lysyk salientou que acredita que o governo provincial tem de fornecer mais informações sobre a forma como vai ser feita a eliminação da sua dívida.
O relatório mostrou que a dívida continua a crescer mais rapidamente do que a economia da província e que, até ao momento em que o défice anual for eliminado pela meta do governo de 2017-18, a dívida líquida vai ficar em cerca de $325 mil milhões, acima de $267 mil milhões, no final de março de 2014.
Os ganhos de eficiência no Ministério da Segurança Comunitária e Serviços Correcionais, bem como o empréstimo da província para o projeto MaRS, estiveram também debaixo de fogo.
Nota: Com informações da Canadian Press