
A LiUNA lembra os 215 corpos de crianças encontrados numa antiga escola residencial em Kamloops, em British Columbia. A União Internacional dos Trabalhadores da América do Norte espera que se tomem medidas para que as crianças jamais sejam esquecidas. Junho é o Mês Nacional da História Indígena.
O vice-presidente internacional da LiUNA, União Internacional dos Trabalhadores da América do Norte e gestor regional do Canadá Central e Oriental, Joseph Mancinelli recorda com raiva, tristeza, vergonha e deceção o dia em que soube da descoberta dos corpos de 215 crianças numa antiga escola residencial em Kamloops, em British Columbia.
Joseph Mancinelli escreve nas redes sociais: “Como pai e como canadiano, luto para encontrar as palavras apropriadas para expressar plenamente a raiva, a tristeza, a vergonha e a deceção em resposta à recente descoberta dos corpos de 215 crianças numa antiga escola residencial em Kamloops, BC”.
O mês de junho é dedicado à história indígena. O diretor de Assuntos Indígenas da LiUNA, Larry Villeneuve, diz que o ano fica marcado com a terrível descoberta.
Também Joseph Mancinelli lembra aquilo que diz ser “o abuso do sistema escolar residencial”.
“É preciso tomar medidas para garantir que estas crianças nunca serão esquecidas. Como país e como organização devemos ouvir os nossos líderes e comunidades indígenas, trabalhar juntos e entender a importância crítica de nos educarmos no tratamento dos povos indígenas”, escreveu Mancinelli no Facebook.
A história jamais pode vir a ser repetida.
“As feridas do passado para eliminar os indígenas e perpetuar um genocídio cultural são feridas que permanecem prevalentes nos dias de hoje. Sobreviventes, famílias e comunidades, estamos convosco”, diz Mancinelli.
A LiUNA garante que ainda muito falta para construir um Canadá verdadeiramente inconclusivo.
Como junho marca o Mês Nacional da História Indígena, a LiUNA pretende dar voz a quem menos tem chances de o fazer.