HORWATH ENFRENTA REVISÃO DE LIDERANÇA NA CONVENÇÃO NDP EM TORONTO

Foto de arquivo. (The Canadian Press/Frank Gunn)
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(The Canadian Press/Frank Gunn)

Andrea Horwath enfrenta uma votação crucial para a sua liderança, no sábado, quando os Novos Democratas de todo o Ontário se encontrarem pela primeira vez, desde que o partido (NDP) ficou em terceiro lugar na eleição 12 de junho, quando os liberais obtiveram uma maioria governamental, avançou a Canadian Press.

A revisão da liderança é automática, realizada a cada dois anos, mas há ainda muitos Novos Democratas críticos da estratégia de campanha de Horwath e questionando-se por que ela provocou a eleição, derrotando um orçamento Liberal visto como amigo do NDP.

Horwath disse que ela ouviu os críticos que a acusaram de abandonar os principais ideais do NDP, ao rejeitar o orçamento proposto a 1 de maio, com o seu apelo para um novo plano de pensões provincial, mais gastos com o transporte público e um aumento do salário mínimo.

No meio da eleição, 34 proeminentes Novos Democratas assinaram uma carta acusando Horwath de sacrificar os valores progressistas e “correr para a direita dos Liberais”, numa tentativa de ganhar votos.

E ainda que não haja desafiadores declarados à sua liderança, dois membros veteranos do grupo parlamentar, Peter Tabuns e Cheri DiNovo, haviam criticado publicamente a forma como a campanha eleitoral foi conduzida pelo NDP.

Mas outros membros da convenção partidária, previram que Horwath ainda seria líder do NDP, após a votação de sábado, apesar das reclamações de alguns delegados sobre os seus esforços de campanha.

O «caucus» socialista do NDP, fez circular uma petição afirmando que Horwath não tinha mandato para “empreender uma campanha da direita populista que alienou os sindicalistas, os defensores da justiça social e progressistas”, e, portanto, deve deixar o cargo.

Outros Novos Democratas, que não querem ser identificados, revelaram que havia um sentimento de raiva pela campanha de Horwath entre os mais de 1.000 delegados inscritos para a convenção, e não apenas entre a bancada socialista.

Horwath minimizou a dissidência interna, e adiantou que fez mudanças na liderança no seu gabinete após a campanha, e insistiu que o partido iria emergir da Convenção unido e focado no futuro.

Horwath terá uma última oportunidade para se dirigir aos delegados do NDP, na manhã de sábado, antes da votação para a liderança.