BYE-DON!

Correio da Manhã Canadá

Finalmente saíram os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América! Joe Biden sagra-se o próximo presidente dos Estado Unidos, pondo de lado a vontade (de metade) dos americanos em deixar Donald Trump seguir com mais quatro anos de mandato.

Neste curto espaço de tempo, muitas coisas aconteceram. Como se esperava, Trump esteve demasiado confiante até ao fim, ainda não abdicou da sua posição, pediu a recontagem dos votos, o seu filho Donald Trump Jr. foi acusado de estar sob o efeito de cocaína num dos seus últimos discursos televisivos, estima-se que Melania Trump conta os
dias para o divórcio…. Enfim!

Todo um conjunto de emoções do lado Republicano que exprime como quando as coisas estão mal, podem ficar ainda piores. Ainda por cima se acrescentarmos as atitudes erráticas e emocionais, e as mentiras compulsivas de Donald Trump, que fogueavam uma
nação divida. Mas não acredito que Donald Trump se dê totalmente por vencido. Penso que o seu comportamento ainda vai dar muita tinta nas capas de revistas e jornais.

Mas nem tudo são más notícias! Joe Biden é, agora, o 46º Presidente dos Estados Unidos e tem a seu lado uma figura muito importante: Kamala Harris. Harris é a primeira vice-presidente mulher e a primeira vice-presidente mulher de cor, o que demonstra um grande passo e uma vitória para o movimento Black Lives Matter e ao que os cidadãos americanos consideram ser uma representação das minorias em cargos oficiais do país, que até à data, o caso mais conhecido teria sido o ex-presidente Barack Obama, o primeiro presidente negro no país.

Kamala Harris será agora braço direito de Joe Biden e juntos navegam até ao por do sol ao prometerem reunificar a América. Na verdade, este trabalho vai ser muito duro, uma vez que Trump deixou consequências graves ao país, e uma nação bastante divida. Não se fala
apenas em política, democratas contra republicanos, mas de outras lutas sociopolíticas que mancham o estatuto americano no mundo, como a divisão racial e as lutas sobre colorismo, por exemplo, e que, de uma forma gradual e decrescente, mas muito subtil, descendem do lugar de potência mundial. A tomada de posse só acontecerá a 20 de janeiro do próximo ano e, até lá, muita coisa pode acontecer.

O que realmente sabemos é que estas foram as eleições mais surpreendentes dos últimos anos na América, onde Biden contou uma afluência recorde de 74 milhões de eleitores, ultrapassando o recorde de Obama.

Resta para já esperar, em janeiro, pelo juízo final.