
Passada a Páscoa, inauguramos uma nova fase. A celebração religiosa, à semelhança de outros rituais, costuma ter uma função de transição, de balanço e de preparação de planos para o futuro. Talvez alguns de nós tenhamos deixado certo objetivo para cumprir depois da Páscoa e é essa mensagem sobre a importância de perspetivar os dias de amanhã que gostaríamos de reforçar esta semana.
O planeamento do nosso futuro ganha agora especial importância, numa altura em que a COVID-19 tomou conta das nossas vidas. Já não estamos perante uma novidade, viver em função do vírus é o que dita agora o nosso dia-a-dia, e a calma agridoce que daí advém é o pano de fundo ideal para nos prepararmos para o amanhã.
O que fazer depois da pandemia é certamente um pensamento que ocupa muitas cabeças nos dias que correm. Depois da tempestade e da adaptação a esta nova realidade, começamos a repensar em como nos vamos reerguer depois da crise e que mudanças poderemos implementar nas nossas vidas.
Nesta edição do Correio da Manhã Canadá (CMC), trazemos-lhe uma série de conteúdos noticiosos que vão ao encontro desse mesmo assunto. Destacamos uma notícia da Forbes, que elegeu Portugal como o melhor destino para os reformados estrangeiros, depois da pandemia terminar. A revista norte-americana parte precisamente de uma perspetiva pós-crise e da expetativa de recuperação das economias e mercados globais, descrevendo o país, e mais especificamente o Algarve, como “a opção de residência mais atrativa na zona do euro”.
Também o Angus Reid Institute convidou recentemente os canadianos a porem os olhos no futuro. Num estudo recente, que poderá conhecer em mais pormenor neste jornal, o instituto revela os planos principais dos cidadãos do Canadá para depois da pandemia. Há quem queira ir a um bar ou restaurante, ao ginásio ou a um estádio ver uma competição desportiva, mas a maior fatia pretende abraçar familiares ou amigos.
Curiosamente, numa entrevista recente dada ao CMC, que pode ler também nesta edição, o pastor Rui Nunes aborda as transformações nas relações humanas devido à pandemia. Numa conversa inspiradora, garante que a maior aprendizagem que podemos retirar desta crise é a valorização das pessoas, da família, de um abraço. Talvez seja esse o maior e melhor plano de futuro que alguma vez decidimos traçar.