

Pensões vão pagar contribuição de sustentabilidade; rescisões atingem 30 mil funcionários; horário de trabalho será de 40 horas.
O Governo quer aplicar uma nova taxa sobre as pensões da Segurança Social (SS) e da Caixa Geral de Aposentações (CGA), com vista a financiar a sustentabilidade do sistema que paga as reformas aos portugueses. A partir de 2014, mesmo salvaguardando as pensões inferiores a 485 euros, quase um milhão de atuais pensionistas terão cortes nas reformas, e os futuros reformados, devido a outras alterações no sistema, terão pensões mais baixas. A reforma do Estado, na qual estão integradas as mudanças na SS e na CGA, será completada com a saída de 30 mil funcionários públicos, por via das rescisões amigáveis, e ainda com o corte nos suplementos remuneratórios.
As medidas foram anunciadas ontem à noite, numa comunicação do primeiro-ministro ao País. O corte nas pensões permitirá reduzir a despesa em mais de 2,9 mil milhões de euros, dos quais mais de 1,4 mil milhões de euros em 2014.