

O XXXV Congresso do PSD terminou com um novo apelo de Pedro Passos Coelho a um entendimento alargado no pós-‘troika’.
Para o líder social-democrata esta será a melhor forma de assinalar os 40 anos do 25 de Abril.
O sexto congresso que o PSD realizou no Coliseu dos Recreios de Lisboa acabou por ficar marcado pela presença em peso de ex-líderes do partido, pelo anúncio do cabeça de lista da maioria PSD/CDS-PP às europeias, Paulo Rangel, e pelo regresso de Miguel Relvas aos órgãos nacionais do partido, como número um da lista de Passos Coelho ao Conselho Nacional.
Esta lista deu a Passos Coelho o seu pior resultado neste órgão desde que é líder: 18 em 70 lugares, apenas mais quatro do que a segunda lista mais votada, contra os 25 conseguidos há dois anos.
A direção perdeu também um lugar no Conselho de Jurisdição, o outro órgão eleito por método de Hondt, mas registou percentagens semelhantes às do último Congresso quer na eleição da Comissão Política Nacional (85% contra 88% em 2012) e da Mesa do Congresso (88,5% contra 89% há dois anos).
As principais novidades do núcleo duro de Passos Coelho são a entrada do deputado José Matos Correia e do autarca Carlos Carreiras para vice-presidentes, substituindo Nilza Sena e Manuel Rodrigues.
Depois de na sexta-feira ter aberto o Congresso criticando a receita do PS e dizendo que a oposição estava zangada por temer que a “melhoria” do país fosse a sua desgraça eleitoral, hoje Passos Coelho deu continuidade ao apelo lançado em discursos marcantes do congresso, como os de Marcelo Rebelo de Sousa ou Nuno Morais Sarmento, a um entendimento com os socialistas.
O desafio teve resposta imediata por parte do representante do PS na sessão de encerramento do congresso, com João Proença, do secretariado nacional do PS, a considerar a proposta “pura manobra eleitoral”.
No encerramento do Congresso, esteve Paulo Portas que ouviu Passos reafirmar o desejo expresso pelo líder do CDS há mês e meio de que a coligação chegue ao termo do seu mandato e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar que elabore, em três meses, um plano de ação na área da natalidade.
