
O Ministério da Educação recusou as críticas das escolas profissionais privadas relativas ao acesso ao ensino superior, dizendo que a legislação que equiparou as condições de entrada às do ensino secundário científico-humanístico estabelecia uma norma transitória apenas para 2012-2013 e assim a equipa de Nuno Crato, responde às associações ligadas ao ensino profissional.
Ontem a Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO) criticou a discriminação negativa dos alunos dos cursos profissionais no acesso ao ensino superior, uma vez que terão que fazer exames nacionais sem relação com o plano curricular ministrado, adiantando que vai pedir uma reunião ao ministro e ao secretário de Estado da tutela sobre esta questão e garantindo que, se não obtiver resposta positiva, a associação vai fazer circular uma petição para suscitar a apreciação parlamentar.
Em causa está o decreto-lei de julho de 2012, no qual o Ministério da Educação e Ciência tinha definido que os alunos do ensino profissional que quisessem prosseguir estudos superiores ficavam obrigados à realização do exame nacional de Português, como prova de acesso, assim como à realização de outros dois exames: um de uma disciplina bienal, outro de uma disciplina trienal, à escolha dos alunos, dentro do conjunto de disciplinas que compõem o currículo escolar dos cursos científico-humanísticos.
Com a a atual legislação, os alunos que este ano concluem o 12.º ano no ensino profissional e que segundo a associação são 12 mil apenas no setor privado, e cerca do dobro no ensino profissional público, vêm as regras de acesso ao superior mudarem a meio do seu percurso formativo.

