

O Canadá admitiu o maior número de refugiados num único ano, em quase quatro décadas, segundo o Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O processo de fixação de 46 700 refugiados em 2016 marca uma “grande conquista” e um recorde para o Canadá desde 1978, quando a Lei de Imigração entrou em vigor, sublinhou o representante do ACNUR no Canadá na segunda-feira.
“Estamos muito satisfeitos que no ano passado, um grande número (de refugiados) teve oportunidade de fixar-se no país”, salientou Jean-Nicolas Beuze à CTVNews.ca, durante uma entrevista por telefone de Otava.
O número recorde inclui refugiados patrocinados pelo governo e privados.
De acordo com o ACNUR, os cinco principais países de origem em 2016 foram:
- Síria: 33 266
- Eritreia: 3934
- Iraque: 1650
- Congo: 1644
- Afeganistão: 1354
A promessa do governo Liberal de acolher 25 mil refugiados sírios em 2015 – e mais alguns milhares desde então – tornou-se um dos maiores esforços de fixação/integração do Canadá.
Segundo o ACNUR, o recorde anterior de refugiados para um único ano foi estabelecido em 1980, quando o Canadá aceitou 40 271 pessoas durante a fixação no país de refugiados indochineses.
Atualmente, estima-se que existam 21 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, e este ano 1 190 000 refugiados necessitam de ser fixados num país.
Num comunicado de imprensa do ACNUR, o ministro canadiano da Imigração, Refugiados e Cidadania Ahmed Hussen disse que Otava tem orgulho em trabalhar com a agência global de refugiados.
Embora um relatório recente tenha descoberto que a integração e a independência financeira continuam a ser um desafio para muitos refugiados sírios, um ano após a sua chegada, Beuze disse que, em geral, os refugiados no Canadá estão a sair-se muito bem.
Ele referiu que a maioria dos refugiados encontram emprego e desenvolvem um forte apego ao Canadá ao longo dos anos. Para além disso, as crianças integram-se muito bem, porque elas aprendem mais facilmente o Inglês ou o Francês, e geralmente têm sucesso académico.
Fonte: CTV News