A nova estratégia antirracismo do Ontário promete trabalhar com os ministérios de educação, justiça e bem-estar infantil para combater o racismo sistémico nas instituições governadas por essas áreas.
A estratégia de três anos custará cerca de 47 milhões de dólares e as suas primeiras etapas serão centradas na recolha de dados para analisar as desigualdades na província, disse Michael Coteau, ministro responsável pelas políticas antirracismo.
Ele apontou para a representação exagerada de homens negros e indígenas dentro das prisões do Ontário – e o fato de que enquanto apenas cerca de oito por cento dos jovens de Toronto são negros, cerca de 40 por cento das crianças na província são afro-canadianos.
Diminuir a diferença salarial
Esses dados serão utilizados para fortalecer políticas destinadas a melhorar as taxas de graduação entre negros e indígenas, analisando as barreiras à educação pós-secundária e a maior taxa de pobreza nessas populações.
“Apesar de morarmos na maior e mais diversa província do país, temos um problema com o racismo”, afirmou Coteau. “Sabemos que essas disparidades na pobreza e na desigualdade salarial são inaceitáveis”.
De acordo com a província, será adotado um plano específico para a juventude de raça negra, que centrar-se-á nas causas de algumas dessas questões económicas.
Mas o mentor da juventude negra de Toronto, Dave D’Oyen, disse que o Ontário precisa reconstruir a confiança com aqueles que reivindica querer ajudar.
O seu colega, Paul Bailey, observou que os governos anteriores fizeram promessas semelhantes às comunidades racializadas, mas não conseguiram fazer uma consulta pública suficiente.
Segundo Bailey, os jovens sabem que tipo de apoios precisam. No entanto, é fundamental que a província os escute enquanto recolhem dados empíricos.
A estratégia antirracismo também incluirá campanhas de educação pública destinadas a combater a discriminação, algo que Coteau disse é “urgentemente necessário quando se trata da islamofobia”.
Fonte: CBC News