

António Filipe, 48 anos, vive numa casa sem água, luz ou gás. Sobrevive em condições sub-humanas, num anexo de uma habitação em ruínas, perdida no meio de uma quinta em Britiande, Lamego. Durante cinco meses alimentou-se apenas de maçãs, avelãs, castanhas e pepinos. A vida deste homem solitário traduz-se em fome e miséria. “Não foi fácil segurar o corpo. Comia aquilo que encontrava e lá sobrevivi”, recorda.
António dorme no chão, entre mantas e sacos, que servem de cobertores. As necessidades são feitas na floresta, “onde calhar”. Não tem filhos e nunca casou.
Está desempregado. “Não tenho dinheiro há quase meio ano”.
