CAMPO DE REFUGIADOS DE AIDA É EPICENTRO DE CONFRONTOS CONTRA SOLDADOS ISRAELITAS

LusaBelém, 24 set (Lusa) – Rodeado por colonatos israelitas, o campo de refugiados palestinianos de Aida, 1,5 quilómetros a norte da cidade de Belém, tornou-se um epicentro de confrontos entre jovens e o exército israelita.

“Aqui não é o nosso lar, a terra natal é de onde os nossos avôs vieram”, diz à Lusa Murad Abu Srour, 29 aos, que tem estatuto de refugiado porque os seus antepassados são originários de uma das 43 aldeias destruídas em 1948, durante a criação do Estado de Israel.

Belém é conhecida pela Igreja da Natividade, construída sobre a gruta onde Jesus Cristo terá nascido, um centro de peregrinação e turismo religioso cristão encravado na Palestina, mas os 721 quilómetros de muro que cortam os arredores da cidade e demarcam o limite entre o Estado de Israel e a Cisjordânia palestiniana é o símbolo mais evidente da ferida que o conflito israelo-palestiniano mantém aberta.