
Guimarães, Braga, 25 ago (lusa) – O Sindicato dos Enfermeiros considerou “um êxito” a greve de quatro dias no Hospital de Guimarães pela contratação de mais profissionais e pelo pagamento das horas em atraso, mas a direção daquela unidade hospitalar avisou que “pouco” pode fazer.
Em declarações à Lusa, a dirigente sindical do Sindicato dos Enfermeiros (SEF), Guadalupe Simões, adiantou que a adesão à greve “rondou os 90%” e que agora “está tudo nas mãos” da administração do Hospital de Guimarães que, disse, “tem autonomia para satisfazer algumas das reivindicações” dos enfermeiros, nomeadamente “a contratação de mais pessoal, acabar com a discriminação em relação aos horários de trabalho e ao aumento de enfermeiros por turnos”.
Contactado pela Lusa, o administrador do hospital de Guimarães, Delfim Rodrigues, explicou que se tem vindo a contratar enfermeiros, estando a ser preparada a contratação de mais cerca de 60, e alertou para os riscos da atitude daqueles profissionais, sublinhando que, estatisticamente e em média, se verifica um acréscimo de 15% na taxa de mortalidade no internamento nos dias de greve, embora lembre que a greve “é um direito” dos trabalhadores.